Noite passada foi uma noite daquelas. Teve amigos, muitos abraços, composições, cerveja gelada, muita risada, doces melodias, gente do bem, aplausos - um monte deles, energia boa, vozes que são um dom, grandes encontros e reencontros, uma baita sinergia. Teve declaração de amor, amores mal terminados, amor de pai, de homem, de mulher, e amor de vó que trouxe uma saudade em todo mundo que escutou, que cantou.
Teve homenagem a lua, a Yemanjá ou Mãe Natureza, como preferir chamar, a beleza da vida, da luta e do manifesto, homenagem ao entardecer - e ai de quem não pare para assistir este espetáculo.
Teve muito violão que veio bem acompanhado do baixo, da guitarra e do som bonito do teclado. Teve a força da batida das alfaias, o gingado do pandeiro, dos bongôs e das congas, a tal energia pulsante da percussão. A doçura do chocalho de sementes, som de cascata, de sonho e devaneio, que traz a calma e a leveza ao coração.
Teve um tanto de rubro, de intenso, um sabor apimentado nas letras, na sonoridade, nas 'gentes', no ar, e no calor dos aplausos que se tornaram abraços, dos mais apertados, esperados e abraçados. Teve muita luz! Teve palco! Teve um caldeirão de gente boa abençoada com essa presente de meudeus. Teve lágrima minha, sua e deles. Teve coração leve, sorriso rasgado e alma lavada.
Que mais uma edição, mais um palco e todos e tantos talentos afirmem e reafirmem a importância de se olhar para o autoral, para o independente, com olhos de ir além. Que eventos como o AUTORAL SOCIAL CLUBE (ASC) possam se multiplicar e alcançar cada vez mais ouvidos, corações e aplausos.
Eu aplaudi de pé e sorrindo por dentro.
Vida longa!