segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Do you want fucking more?!



Se uma coisa é certa no dia de hoje é que fiquei muito feliz de assistir o dia metal do Rock in Rio ontem, porém, triste por não estar lá em um dos dias mais bacanas do festival. Coisa boa é ler no jornal que este domingo foi um dos dias mais harmoniosos do festival e que o público deu exemplo de bom comportamento (apesar de algumas vaias a uma ou outra celebridade...hehehe. Mas aí ninguém é perfeito também, vai...hehehe).

Quando estive no Rock in Rio em 2001, assisti bem de pertinho o dia do metal e posso assegurar que foi um dos melhores eventos que já presenciei. Demais! Já naquela época, o público (sempre vestido a caráter, de preto, taxas, camisetas de bandas e cabelos compridos) já davam exemplo de civilidade e estavam lá unica e exclusivamente para prestigiar suas bandas preferidas. Um verdadeiro ritual de idolatria! Coisa linda de se ver!



Eu não era uma metaleira de carteirinha e muito menos andava caracterizada a la unhas e batons escuros e com os pulsos e pescoços adornados por spikes (aqueles espinhos pontiagudos usados pela tchurma) de todos os tamanhos e cores. Mas, era simpatizante do som. Já conhecia uma ou outra música sem saber se era Iron ou Angra (sim, aquele bem melódico de vozinha fina) e tinha um certo preconceito enchendo a boca para dizer que achava insuportável essa galera cabeluda que andava com camiseta "preta-russa" das bandas pesadonas. Pois mordi a língua!

Me lembro um dia na escola quando cantarolava uma música que não saía da cabeça e o Felipe (o amigo Moca) me perguntou surpreso: - "Você gosta de Iron Maiden?" e eu: - "Eu??? Tá louco! Nem um pouco!" e ele: - "E por que tá cantando então?". Era "Man of the Edge" que eu embromava sem saber a letra, mas empolgada com o peso da sonoridade. Depois desta, o Moca me emprestou uns cds e quando vi a programação do festival em 2001, não tive a menor dúvida que iria ver aquilo tudo ao vivo no dia 19.


Fiquei mais de dez horas na fila para garantir os ingressos e quer saber? Ficaria mais 10! Foi lindo! Na programação: Sheik Tosado, Pavilhão 9, Queens of the Stone Age, Sepultura, Rob Halford e Iron Maiden. Lembro da minha mãe preocupadíssima com a minha ida neste dia, até porque era praticamente a única menina do grupo (a outra era a Aline que foi super parceira neste dia pesadão!). Tive que ir trajada feito um menininho (bermudão, camiseta, tênis) e sem tostões no bolso. "Guerreiragem"!!! ahahahahahaha

Era água e a golinhos roubados das bebidinhas da galera. Era terra e muita poeira subindo. Unhas e nariz imundos (a tal meleca preta é fato!). Era cansaço e a galera atirada no chão. Fila para o banheiro. Era cheiro de xixi. Mas eu nem tava nem aí! A sensação de entrar na Cidade do Rock é única. É como se a gente passasse por um portal e ali dentro, na realidade paralela, fosse livre para fazer o que der na telha, sem dó, piedade, ou preocupação! É ter 18 anos para sempre!

Ontem assisti todos os shows sentada no sofá. Que dor! Só de ver aquela massa cantando junto, abrindo as rodinhas, com as mãos levantadas fazendo o "chifrinho metaleiro" com o dedo mindinho e o indicador, já me deu um troço por dentro, um bicho carpinteiro! Não sou fã que sabe as letras, que tem os álbuns, que faz mundos e fundos para assistir os shows onde quer que seja, mas é fato que gosto daquele peso todo! Acho incrível as veias saltando e não entendo como eles não arrebentam as cordas vocais. Admiro e curto de verdade! Demais ver aqueles cabeludos, mascarados, whatever!

(Apresentação Sepultura)

Ontem, dia 25, tirei meu chapéu para a apresentação do Sepultura (negão Derik é tudibão! Adoro!) com os Tambours du Bronx (grupo de percussão francês incrível!), no palco Sunset, finalizando magistralmente com o clássico Roots Blood Roots! Lindo, lindo, lindo! Aliás, não entendi o porquê de não tocarem no palco principal (enquanto quem o fazia era o "não diz a que veio" Gloria). Me apavorei com a banda Slipknot! Assisti boquiaberta a apresentação que reuniu máscaras assustadoras, moshs e mais moshs, pirotecnia, baterias voadoras, e toda histeria do público completamente "abduzido" por eles. Incrível! Respeitei demais, demais mesmo!

(Apresentação Slipknot)

A noite fechou com o Metallica que também curto bastante, mas não consegui assistir até o final. Vi grande parte do show e já fiquei feliz em ouvir algumas das minhas preferidas e que me remeteram totalmente a minha adolescência. Coisa linda! E melhor ainda é abrir o jornal de hoje e ver que o dia dos metaleiros foi só elogios: bandas incríveis e extremamente competentes, público fiel e harmonioso fizeram deste dia um dos mais bacanas do festival. Nice!!!

(Metallica subindo ao palco)

Não dou mais este mole de não ter visto de perto, mas já aprendi e no próximo, estarei, não na fila do gargarejo, né? Mas, bem mais pertinho do que desta vez certamente!

Vale demais!!!

Como diria Corey Taylor (vocal do Slipknot), do you want some funcking more?! RÁ!

E segue o som! Beijo povo!

ps: Fotos: http://www.flickr.com/photos/rockinrio
ps2: Alguém com ingressos para o dia 02?! Tô querendo!



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