terça-feira, 30 de março de 2010

BANCA CNR





Matéria sobre a Banca CNR (publicada na Revista Trilhas #11). Essa matéria inaugurou a coluna Sintonizando, que contava histórias das bandas do cenário independente de Pelotas. Quem curte o som, vale conferir! Quem ainda não conhece, vale ler e ouvir!! Sintonize-se no que há de bom! A Carioca tá dizendo...

Hoje estou aqui para falar um pouco sobre música. Sobre tantos talentos que batalham e correm para alcançar seu lugar ao sol e divulgar seu trabalho aí a fora. E não tinha como começar melhor, falando de um pessoal que, além de fazer um som de excelente qualidade, consegue passar sua mensagem, dar seu recado: fazer com que a gente pare e pense nessa realidade louca que se vive.
A Banca CNR, Consciência Negra Rappers, é integrada por Guido, Zulu, Glauco, Jorginho e Eder Cavalheiro, vindos diretamente dos bairros Dunas, Guabiroba e Getúlio Vargas, em Pelotas, e o Dj Micha, de Rio Grande. É um dos mais antigos grupos de rap da cidade e tem o intuito de levar sua mensagem a espaços ainda não atingidos, jamais abandonando suas raízes e buscando em suas letras enaltecer sua função de mensageiros: “Nosso trabalho é uma nova maneira de ver os velhos problemas do mundo. É a oportunidade de mostrar que se a gente se juntar em busca de um sonho, fica muito mais fácil de alcançar. É um escape pra tudo aquilo que o mundo joga na gente e espera que a gente devolva. CNR é a nossa família”, conta Guido, um dos vocalistas e fundadores do grupo.
Quem vive e acompanha esse cenário musical independente, sabe o quanto é difícil conseguir um espaço e fazer com que o trabalho vá em frente. Como é longa a caminhada para atingir, não só o público, mas a atenção da mídia e dos grandes formadores de opinião. A Banca CNR segue este caminho há 13 anos e já passou por algumas alterações desde o início de sua formação, como explicou Guido à reportagem de Trilhas: “O grupo vem mudando durante o tempo até pelo fator financeiro mesmo, que obrigou alguns membros a escolherem entre a música e o sustento da família. O rap em si, como toda a forma de música independente, não tem nenhum incentivo, quem dirá financeiro”.
Mas quando se consegue romper essas barreiras e atingir, de alguma forma, àqueles que têm uma realidade completamente distante financeira, intelectual ou culturalmente, é uma conquista de grande valor. Fazer com que as pessoas parem, olhem ao redor, e reflitam sobre a grande desigualdade social, o preconceito e outra série de “doenças” que atingem a sociedade. Essa tem sido a luta dessa gurizada, que vem da periferia da cidade. “A gente cansou do estigma de que pobre tem que ser pobre pra sempre. A gente cansou de ouvir um monte de gente dizer na TV, jornais e revistas que não dá, que não pode! Sempre convivemos com dificuldades e com barreiras, mas barreiras ilusórias, impostas como se aquilo pudesse mesmo nos parar. Como se nossa cor da pele contasse como empecilho. Acho que por isso que a gente se dá tão bem, nós todos temos essa visão de que nosso potencial é ilimitado assim como tantos outros do gueto de Pelotas e do mundo. Ninguém vai nos dizer o que podemos ou não, o que queremos ou não”, ressalta Zulu, também vocalista e compositor da Banca.
Uma dessas oportunidades surgiu quando foram convidados para tocar no Moda Pelotas, evento que acontece anualmente na cidade e reúne os principais nomes da moda gaúcha. O convite foi feito por uma amiga do grupo, a estudante de Moda Nathália Grill, que já conhecia o trabalho feito por eles, tinha uma coleção para ser apresentada e buscava uma trilha sonora. “A coleção era bem urbana e pensou-se em usar o rap como música de fundo, logo citou-se o nome do CNR em uma apresentação ao vivo. Conversamos e chegamos ao acordo de duas músicas. A apresentação foi um sucesso e muita gente veio dar os parabéns depois”, conta Nathália.
Além do Moda, a Banca se destacou e muito no evento “Sete ao Entardecer”, produzido no Teatro Sete de Abril, realizado todas as terças-feiras, à partir das 18h30, com espetáculos musicais com grupos já consolidados e também novos talentos. O show, que vai virar DVD, realizado no dia 14 de abril, lotou a platéia e as laterais do Teatro e foi uma das apresentações mais importantes do grupo por ser a primeira com a banda integrada pelos músicos: Bruno de Moura, Maninho, Paulo Celente, Tarso Xavier e Eddy . “Depois do show eu me ajoelhei pra abraçar o Guido e ele fez o mesmo, ficamos os dois um tempo ajoelhados, abraçados no meio do palco com as cortinas fechadas. Foi um momento que eu nunca mais vou me esquecer na minha vida”, lembra Zulu.
Depois de quatro trabalhos anteriores, a Banca CNR agora apresenta seu novo projeto “Ouro e Diamante”. O Cd já está pronto e em fase de prensagem e a idéia é que ele seja lançado ainda este ano junto com o DVD do show realizado no “Sete ao Entardecer”. A expectativa pelo lançamento do Cd é grande por ser um projeto feito com muita dedicação e por se tratar do resultado dessa caminhada e da enorme parceria entre os integrantes como explica Zulu: “Nós somos os donos do nosso futuro, e mesmo que seja difícil e que pareça quase impossível a gente vai lutar pra conquistar o que quisermos. Felicidade, paz de espírito, família. Isso vale Ouro e Diamante”.
Para aqueles que querem conferir mais esse trabalho, basta procurar a comunidade da Banca no Orkut, no site Palco Mp3 (
http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/bancacnr/) e no Myspace (http://www.myspace.com/bancacnr
).

sábado, 27 de março de 2010

Visita a RECOTADA


Ontem estive na inauguração da Exposição RECOTADA, realizada na antiga fábrica de massas Cotada, na região do Porto de Pelotas. Confesso que fiquei impressionada com a qualidade de todos os trabalhos distribuídos nos seis andares da mostra.
Logo na entrada, no primeiro andar, as obras de 30 grafiteiros de Pelotas e região atraiam toda a atenção do público devido a tamanha criatividade com a utilização das cores fortes, das formas, e de objetos que pareciam saltar da parede para interagir com aqueles que visitavam o espaço.
Ainda reforçando todo aquele clima sobrecarregado pela arte de rua, skatistas participaram de um campeonato de skate numa "pista" localizada em meio às obras, e contou também com a participação da gurizada do InRua, projeto que acontece todas as sextas-feiras, na Esplanada do Theatro Sete de Abril, que reúne as mais diversas expressões artísticas, e que assumiu a trilha sonora do evento.
Nos outros andares, era possível estar em contato com todo tipo de expressão artística. Gravuras, desenhos, intervenções, fotografias, vídeo, apresentações de dança e teatro, tudo organizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), através de um Projeto de Extensão Universitária.
Todo espaço da antiga fábrica foi aproveitado, pinturas ilustravam os vidros quebrados das janelas, adesivos colados nos degraus das escadas, artistas maquiados e descalços circulavam entre os visitantes da mostra, e até uma área aconchegante com sofás e poltronas foi montado pelo pessoal da Casa de Joquim, que também participou do evento.
A impressão que tive foi a melhor possível. Fiquei encantada com cada objeto, cada cor, cada forma, cada jeito bastante particular e característico de cada artista de expressar a sua arte, a sua visão, seu sentimento. É tudo uma grande viagem, como se fossemos conduzidos pelos seis andares a um passeio de resgate total da cultura e de toda forma possível de arte. Fica dado os meus parabéns a organização e aos artistas do evento!!!
A exposição vai até o dia 1° de abril, por isso aqueles que ainda não foram, corram para visitar e conhecer um pouco da veia artística da cidade. Esta semana ainda, vou conversar com a organização da mostra e esta entrevista, você vai poder conferir aqui no blog! Confira também, as fotos de algumas obras em exposição!

Dê sua sugestão, elogie, critique...a idéia é participar e interagir!

E qualquer dúvida, pode dizer que a Carioca que disse...

Hasta luego! Besitos!
FOTOS: DODÔ (Valeuuuu fotógrafo!!)

sexta-feira, 26 de março de 2010

E que venha o final de semana! Amém!




Salve, salve personas!

Bom diaaaaaaaa! Apesar do dia nublado e de chuvinha fina...
Antes de qualquer coisa, queria agradecer os comentários enviados pelos amigos e as mensagens de incentivo para o blog da Carioca seguir bombando! hehehe. Bom, como hoje é sexta-feira e o final de semana está bem recheado de programações, acho que podemos listar aqui alguns dos eventos que vão agitar esses nossos dois dias de descanso da semana corrida. O legal é que têm programação para todos os gostos e bolsos!
Se liga no que vem por aí...

Sexta-feira (26):

# Como já havia divulgado no post anterior, inaugura hoje, às 18h30, a exposição RECOTADA. O evento reúne obras que transitam entre diferentes linguagens como desenho, pintura, instalação, vídeo, intervenção, gravura, objeto e fotografia. O andar térreo vai abrigar o trabalho de mais de 30 grafiteiros de Pelotas e outras regiões. Durante o evento, ocorrerão apresentações de dança e teatro. A mostra ficará aberta até o dia 1° de abril, das 9h às 12h e de 14h às 18h. A RECOTADA, Projeto de Extensão Universitária da UFPel, acontece no antigo prédio da fábrica de massas Cotada (rua Benjamin, 989, entrada pela praça Domingos Rodrigues)

# O Festival Satolep Circus traz a Pelotas a banda porto-alegrense VERA LOCA. O show é mais um da série preparada para o Festival, que tem como intuito exaltar o trabalho na cena musical independente. A VERA se apresenta, hoje, às 21h, no Bar e Champanheria João Gilberto e divide o palco com as bandas Divergência e V.Lovers. O primeiro lote já está esgotado, mas ingressos do segundo lote: R$12,00 e do terceiro lote: R$15,00, estão sendo vendidos no Posto Cidadão.

Sábado (27):

# Neste sábado, a nova casa que anima a noite pelotense, LUNA PORTO DESIGN, recebe a banda Duloreon, no Pub, com o melhor do rock nacional e internacional. Na pista, os Djs Cris, Nico F e Maicon comandam as pick ups elevando a temperatura da festa até o amanhecer. Reservas para o camarote podem ser feitas pelo telefone: (53) 8439-4788. A casa abre às 23h e fica na rua Tamandaré, 52 (prédio da Cervejaria Original Beer).

Domingo (28):

# Dois dos sobrenomes mais conhecidos do rock gaúcho, voltam à região sul do Estado. Humberto Gessinger e Duca Leindecker trazem o lançamento do dvd POUCA VOGAL ao vivo ao Theatro Guarany, às 21h deste domingo. O projeto POUCA VOGAL surgiu da parceria dos vocalistas das bandas Engenheiros do Hawaii e Cidadão Quem, em 2008. A dupla compôs oito músicas e selecionou sucessos das das bandas para fazer parte deste projeto que vai além do trio baixo, bateria e guitarra. Os ingressos antecipados para o show custam R$ 50,00 no Posto Modelo (av. Bento Gonçalves) e na loja Via Uno (Calçadão da Andrade). Estudantes, professores e idosos têm desconto de 50%, mediante identificação. No domingo, os ingressos serão vendidos unicamente na bilheteria do Theatro Guarany.

Bom, essas são algumas das programações que este final de semana está prometendo. Particularmente, programações que eu indico e indico novamente (se for possível...hehe). Variadas e para todos os gostos. E ái de quem ousar dizer que não tinha nada prá fazer!! A carioca disse que tem...
Confiram amanhã a matéria sobre a RECOTADA! E não esqueçam de mandar sugestões de pautas e dicas porque assim a gente vai longe!
Até!












quinta-feira, 25 de março de 2010

Saudação de boas vindas!


Salve, salve personas!

Tinha, há muito tempo, uma vontade de ter meu canto aqui prá colocar a boca no mundo (isso engloba falar de arte, cultura, comportamento, sentimento, whatever(...)), prá falar de tudo aquilo que a gente gosta, que a gente curte, que a gente tem vontade de dizer, gritar, reclamar, contar e até cantar, por que não?! rs

Fui meio pega de surpresa quando criei o blog e logo vi que tinha que postar um texto ou alguma coisa assim logo de cara. Não pensei em nada muito elaborado e por isso, acho que posso dar uma dica de um evento muito bacana que vai rolar amanhã, sexta-feira (26), aqui em Pelotas.

A RECOTADA: Um Projeto de Extensão Universitária ligado a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e apresenta um exposição arte reunindo trabalhos que transitam entre diferentes linguagens como desenho, pintura, instalação, vídeo, intervenção, gravura, objeto, fotografia e grafite, entre outras. A exposição ocupa seis andares do prédio da antiga fábrica de massas Cotada, em Pelotas (RS). O andar térreo abrigará trabalhos de mais de 30 grafiteiros de Pelotas e outras regiões. A exposição inaurgura no dia 26 de março, às 18h30, com apresentações de dança e teatro, e ficará em cartaz até 1° de abril. O horário de visitação é comercial, das 9h às 12h e de 14h às 18h.

Para mais informações, acesse:
http://recotada.blogspot.com


Vale a pena conferir! Qualquer coisa, tu diz que a Carioca que disse...


Prá quem não sabe, eu sou a Carioca. Muito prazer!